O escândalo de Watergate teve início a 17 de junho de 1972, com a detenção de cinco homens apanhados a invadir os escritórios do Partido Democrata, localizados no hotel Watergate, em Washington, D.C.
A descoberta ocorreu graças ao guarda do edifício, Frank Willis, que contactou a polícia após encontrar uma fita a impedir o fecho da porta dos escritórios. Durante a apreensão, a polícia encontrou ferramentas para montagem de escutas telefónicas, dinheiro e um bloco de notas com um número de telefone. Esse número pertencia a Howard Hunt, um ex-agente da CIA que fazia parte do comité encarregado da reeleição do presidente Richard Nixon, conhecido pela sigla CREEP (Committee for the Re-election of the President).
Os cinco homens detidos tinham como objetivo obter informações dos documentos armazenados nos escritórios do Partido Democrata e reparar uma escuta que já haviam instalado numa invasão anterior ao mesmo edifício.
O caso chamou a atenção de dois jornalistas do The Washington Post, Carl Bernstein e Bob Woodward, cuja investigação trouxe o caso para a atenção pública. Durante as investigações, foi revelada uma transferência de 25 mil dólares do comité CREEP para um dos suspeitos da invasão, Bernard Barker.
Após investigações adicionais, determinou-se que o comité CREEP desviava fundos para financiar ações de espionagem contra o Partido Democrata. O objetivo dessas ações era recolher informações comprometedoras sobre os adversários de Nixon, de forma a desacreditá-los.
O escândalo ganhou ainda maiores proporções quando se descobriu que o presidente Nixon tentou obstruir a justiça ao recusar-se a entregar gravações de reuniões realizadas no Salão Oval da Casa Branca. Estas gravações foram posteriormente analisadas por peritos em documentoscopia e desempenharam um papel crucial na sua renúncia ao cargo, que ocorreu em 1974.
Referências
Silva, D.N. (s/d). Escândalo Watergate: Motivos e Consequências. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/escandalo-watergate.htm