A análise científica das provas é essencial em casos como o de Montemor-o-Novo, para esclarecer incongruências e assegurar que a justiça se baseie em factos devidamente fundamentados.
De acordo com uma notícia publicada pelo Jornal de Notícias em 13 de janeiro de 2025, o caso de Montemor-o-Novo evidenciou a importância das ciências forenses na investigação e avaliação de provas. A vítima foi atingida por 16 golpes de sabre, enquanto o alegado autor defendeu ter agido em legítima defesa. No entanto, o número de golpes levanta dúvidas quanto à proporcionalidade da resposta ao alegado perigo.
A pedido da família da vítima, a FOREN analisou as provas disponíveis e identificou possíveis inconsistências na versão apresentada pelo arguido, como a profundidade das lesões no abdómen da vítima e a ausência de ADN do arguido na faca que teria sido utilizada. Além disso, os vestígios biológicos e a disposição do local sugerem uma dinâmica de confronto mais complexa do que a inicialmente descrita.
Para abordar estas questões, uma análise biomecânica detalhada, complementada por exames adicionais em vestígios biológicos e uma reconstituição rigorosa dos acontecimentos poderiam ser muito úteis ao esclarecimento dos factos.
Este caso demonstra como a utilização de métodos forenses pode ajudar a interpretar os factos, permitir uma reavaliação das circunstâncias e contribuir para decisões judiciais baseadas em provas objetivas e verificáveis.
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