Durante a II Guerra Mundial, as forças nazis foram responsáveis por inúmeras mortes, ganhando uma reputação de violência e crueldade através da perseguição, captura e aprisionamento de pessoas que não correspondiam à ideologia da supremacia ariana.
Entre os responsáveis por essa violência destacou-se o médico Josef Mengele, conhecido como o “Anjo da Morte”. Doutorado em Medicina e Antropologia, Mengele juntou-se à SS (tropa de elite nazi) em 1940 e, três anos mais tarde, foi transferido para Auschwitz, um campo de concentração que aprisionava maioritariamente judeus.
Em Auschwitz, Mengele realizou operações e testes desumanos, especialmente em crianças. Entre os seus procedimentos cruéis estavam injeções de corantes nos olhos sem anestesia, infeção deliberada de gémeos com tuberculose e tifo, e colheita de órgãos sem qualquer tipo de sedação. Muitas crianças morreram em consequência desses experimentos, enquanto outras eram assassinadas posteriormente.
Após a rendição da Alemanha em 1945, Josef Mengele fugiu para a América do Sul, vivendo escondido no Brasil durante 18 anos.
No dia 7 de fevereiro de 1979, banhistas na praia de Bertioga, no litoral de São Paulo, tentaram, sem sucesso, resgatar um homem encontrado a boiar no oceano. Este homem, inicialmente desconhecido, foi identificado seis anos depois como Josef Mengele, o notório “Anjo da Morte”.
A identificação ocorreu após a família de Mengele revelar que ele estava enterrado num cemitério brasileiro sob o nome falso de Wolfgang Gerhard. Uma necropsia forense confirmou, sem sombra de dúvida, que o corpo era de Josef Mengele, encerrando assim a busca por um dos criminosos mais procurados da história.
Referências
Inesquecíveis, H. (2023). Como o Corpo do Médico Nazista Josef Mengele foi Descoberto no Brasil Anos Após Sua Morte. O Globo. Disponível em: oglobo.globo.com.
Lepiarz, J. & Maj, A. (2020). Josef Mengele, O Anjo da Morte de Auschwitz. DW. Disponível em: dw.com.